terça-feira, 23 de outubro de 2012


Universidades não entendem cortes e alertam para "enormes" dificuldades

Publicado às 15.16


O reitor da Universidade de Lisboa, António Sampaio da Nóvoa, afirmou, esta terça-feira, que os cortes no ensino superior são maiores aos de qualquer outro setor, dizendo que as instituições não entendem essa opção e enfrentarão muitas dificuldades em 2013.
foto ÂNGELO LUCAS/ GLOBAL IMAGENS
Universidades não entendem cortes e alertam para "enormes" dificuldades
Reitor da Universidade de Lisboa, António Sampaio da Nóvoa
"O Orçamento do Estado para 2013 cria enormes constrangimentos [às universidades], como criou o de 2012, o de 2011, o de 2009, de 2008 e de 2007. Isto é, desde 2006/2007, as universidades públicas têm sido submetidas a uma redução [orçamental] drástica, muito complicada, muito difícil de entender, sobretudo quando sabemos que está no espaço público universitário talvez uma das poucas possibilidades para uma verdadeira saída da crise em Portugal", disse o reitor da Universidade de Lisboa.
Para Sampaio da Nóvoa, "sem universidades fortes, sem uma sociedade que se constrói a partir do conhecimento, a partir da qualificação", Portugal "não tem nenhum futuro".
"Portanto, é muito difícil entender estes cortes, que são superiores a quaisquer outros na administração pública, dentro do setor publico. Temos uma enorme dificuldade em entendê-los e teremos uma enorme dificuldade em viver com estes cortes em 2013", acrescentou.
O reitor falava aos jornalistas em Lisboa, no final de uma reunião com o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, e em que esteve também o reitor da Universidade Técnica de Lisboa, António Serra.
Os dois reitores estão a fazer nova série de contactos com os partidos para lhes darem conta do processo de fusão das duas universidades, que neste momento aguarda a publicação do decreto do Governo que permitirá avançar para a elaboração e aprovação dos estatutos da nova instituição.



Fonte: JN



Pareceu-me importante colocar no blog esta notícia, uma vez que o objecto da mesma é do interesse de todos nós. O novo Orçamento de Estado prevê ainda mais cortes no Ensino Superior e obviamente que quem sofre com isso somos nós, alunos. Sobretudo no inicio de cada semestre, somos confrontados com as consequências destes mesmos cortes, quer pela dificuldade, por parte da Faculdade, em contratar mais assistentes quer pela diminuição de recursos e iniciativas por parte da mesma.
Acredito que, também é importante reforçar a ideia deixada pelo senhor reitor de que sem uma aposta num ensino forte e na educação é difícil caminharmos no sentido da evolução e da superação da crise.
Ao ler esta notícia, recordo-me ainda da discussão relativamente à dificuldade de definir as Universidades como parte de uma Administração Directa ou Autónoma. Dado que, estas prosseguem um fim do Estado (o Ensino), no entanto, possuem uma garantia constitucional própria.


Ana Marta Limpo (22045)






















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