terça-feira, 18 de dezembro de 2012


China Three Gorges negoceia mais de 4% da EDP


 "A China Three Gorges vai discutir nos próximos dias com o Governo a aquisição de 4,14% da EDP que estão nas mãos do Estado português, relevou hoje aos jornalistas o presidente da empresa chinesa, Cao Guangjing, em Lisboa.
Questionado sobre as razões da sua visita a Portugal, e se a mesma está relacionada com a possível aquisição da posição estatal de cerca de 4% na energética, o presidente da China Three Gorges disse que "isso vai ser discutido nos próximos dias".
Cao Guangjing, em breves declarações à entrada de um jantar organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa (CCILC), num hotel na capital portuguesa, acrescentou apenas que as negociações vão decorrer durante esta semana.
Recentemente, o responsável chinês tinha admitido o interesse em adquirir a fatia de 4,14% do capital da Energias de Portugal (EDP) que ainda está nas mãos do Estado, tendo hoje confirmado que a sua vinda a Portugal servirá para negociar com o Governo a compra desta participação estatal.
A empresa chinesa adquiriu ao Estado português, no final do ano passado, 21,35% da EDP, sendo o acionista maioritário da energética liderada por António Mexia.
Refira-se que o presidente da EDP, que também participou no jantar da CCILC, escusou-se a comentar o eventual negócio entre o Estado e a China Three Gorges, remetendo quaisquer declarações para os acionistas.
Hoje, ao início da tarde, Cao Guangjing teve uma reunião de meia hora com o Presidente da República, Cavaco Silva, no Palácio de Belém, optando, na ocasião, por não prestar declarações à comunicação social.
Lusa"

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 Acho que é o que se pode esperar sempre que o Estado fica com parte de uma empresa privatizada. Por motivos económicos, há sempre o risco de um alienamento futuro da posição estatal. No fundo, é deixar que o cidadão se habitue aos poucos que uma empresa do estado presente num sector importante da sociedade deixe de ser controlada por ele e passe à iniciativa privada. Geralmente, contudo, não haverá os beneficios da competição pois são em sectores de dificil, senao impossivel, entrada a novos concorrentes. O estado cria um monopólio, e depois da-o a privados, que neste caso são umas das caras de um governo não democrático e que demonstra um total desprezo pelos direitos humanos e liberdade de expressão.
D.G

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